Toda pessoa tem necessidade de reconhecer a si mesma, e de ser reconhecida, como uma pessoa única, entre tantas outras. Por outro lado, há a necessidade de pertencimento: a sensação de que não se está só, de que se faz parte de uma família, de uma comunidade, uma religião, uma cultura ou uma nação. A construção da identidade envolve, portanto, estas duas forças contraditórias e complementares: a vontade de ser único e a vontade de fazer parte.
Trecho do meu livro Os outros que somos: dilemas da identidade contemporânea, com lançamento previsto para muito em breve.
4 comentários:
Adorei Ercy... e mais feliz ainda fiquei ao conhecer o autor :) Parabéns!
já estou sentindo falta de um botão "curtir" aqui no blog também....
então, vai por extenso: ercy curtiu seu comentário!(rs)
Oi Ercy...neste sentimento de pertencer reina uma lei fundamental.Podemos ver o que ela exige atraves dos seus efeitos. Essa lei diz:todos aqueles que pertencem têm o mesmo direito de pertencer.Todos, inclusive os mortos.Na verdade os mortos não estão fora do sistema, estão presentes de uma forma especial. Quando os mortos que foram excluídos ou esquecidos são reinseridos na família, os outros vivenciam isto como completude.Quando todos estão lá, os vivos se sentem completos e, ao mesmo tempo livres... (Bert Hellinger)
Parabéns pela abordagem em seu livro
Estou de acordo com vc. Muito bem lembrado. Os mortos fazem parte dos outros que somos e, se não os reconhecemos, ficamos mais do que órfãos, ficamos incompletos. A sociedade contemporânea tende a espetacularizar a morte, e depois soterrar os mortos como tudo o mais.
Postar um comentário