Os crentes e sua necessidade de crença.
A crença é sempre desejada com a máxima avidez, e mais urgentemente necessária onde falta vontade: pois é a vontade, como emoção do mando, o sinal distintivo de autodomínio e força. [...] Onde um homem chega à convicção fundamental de que é preciso que mandem nele, ele se torna "crente"; inversamente, seria pensável um prazer e força de autodeterminação, uma liberdade da vontade, em que um espírito se despede de toda crença, de todo desejo de certeza, exercitado, como ele está, em poder manter-se sobre leves cordas e possibilidades, e mesmo diante de abismos dançar ainda. Um tal espírito seria o espírito livre par excellence.
Nietzsche, em A gaia ciência, título que significa algo como "o alegre saber" .
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