28 abril 2007

Yourcenar



Nada me define: meus vícios e minhas virtudes são insuficientes para tanto; minha felicidade talvez o faça melhor, embora por intervalos, sem continuidade e, sobretudo, sem motivo aceitável. O espírito humano, porém, reluta em se aceitar como obra do acaso e a não ser senão o produto fortuito do imprevisto, ao qual nenhum deus preside, nem mesmo ele próprio.

Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano


Um comentário:

Anônimo disse...

"Contudo, minha vida tem contornos menos firmes. Como acontece frequentemente, é justamente aquilo que não fui que a define com maior exatidão (...)"

ADORO ESTE TEXTO TB