Em sua coluna de novembro, Roberto Lent mostra como os efeitos das armas nucleares foram usados para o bem da humanidade. Pesquisadores inventaram uma forma de usar a radioatividade atmosférica produzida pelos testes atômicos durante a Guerra Fria para resolver uma controvérsia da neurociência: existe ou não a produção de novos neurônios no córtex cerebral dos seres humanos?
O estudo foi realizado através da análise do tecido nervoso do cérebro de pessoas que estiveram expostas a radioatividade do carbono-14, nascidas em regiões onde foram realizados testes atômicos a partir dos anos 1950. Constatou-se que os neurônios nasciam sempre próximos ao nascimento do seu portador, enquanto as demais células se distribuíam por um período posterior de alguns anos, indicando que haviam nascido depois. Como os experimentos foram quantitativos, foi possível estimar um limite teórico máximo de 1% na proporção de neurônios gerados em um período de 50 anos, o que significaria a adição de um neurônio novo a cada coluna de 100 neurônios no córtex. Um acréscimo insignificante para 50 anos de vida!
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Fonte: Ciência Hoje, coluna Cem Bilhões de Neurônios (link ao lado)
Tópico postado originalmente na Lista Brasileira de Psiquiatria (LPB)
Comentário:
Como já foi comentado na LBP, não se pode esgotar a discussão sobre neuroplasticidade (a capacidade de regeneração do tecido cerebral) em termos apenas de neurogênese (nascimento de novos neurônios). A neuroplasticidade depende sobretudo do estabelecimento de novas conexões entre neurônios já existentes. Isto mantém a questão em aberto....
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